OSINT

OSINT

OSINT significa "Open Source Intelligence", ou, em português, "Inteligência de Fontes Abertas". É uma técnica ou metodologia usada para coletar, analisar e utilizar informações que estão disponíveis publicamente, ou seja, em fontes abertas que qualquer pessoa pode acessar. Essas fontes podem incluir sites, redes sociais, jornais, relatórios públicos, vídeos, fotos, bancos de dados abertos, entre outros. O objetivo do OSINT é transformar esses dados brutos em informações úteis, muitas vezes para investigações, tomada de decisões ou até para entender melhor um contexto específico.

O que torna o OSINT interessante é que ele não depende de informações secretas ou confidenciais, como em espionagem tradicional. Tudo é feito com base em dados que já estão por aí, mas que precisam ser encontrados, organizados e interpretados de forma inteligente.

Como funciona o OSINT?

O processo geralmente segue algumas etapas:

  1. Identificação do objetivo: Primeiro, você decide o que quer descobrir. Pode ser informações sobre uma pessoa, uma empresa, um evento ou até um movimento social.
  2. Coleta de dados: Aqui, você busca informações em fontes abertas. Isso pode ser feito manualmente (navegando na internet) ou com ferramentas automatizadas (como buscadores ou softwares específicos).
  3. Análise: Depois de coletar os dados, você os organiza e tenta encontrar padrões, conexões ou significados.
  4. Validação: É importante checar se as informações são confiáveis, cruzando dados de diferentes fontes.
  5. Relatório ou ação: Por fim, você usa o que descobriu para responder à sua pergunta ou tomar uma decisão.

Exemplo prático

Imagine que você quer investigar uma empresa chamada "TechNova" porque ouviu rumores de que ela pode estar envolvida em algo suspeito. Aqui está como você poderia usar OSINT:

  1. Objetivo: Entender quem está por trás da TechNova e se há sinais de atividades duvidosas.
  2. Coleta de dados:
    • Você entra no site oficial da empresa e encontra os nomes dos fundadores e uma lista de produtos.
    • Pesquisa no LinkedIn e descobre os perfis dos funcionários, incluindo onde eles trabalhavam antes.
    • Busca no Google por notícias sobre a "TechNova" e acha um artigo dizendo que ela foi multada por irregularidades no passado.
    • Olha postagens em redes sociais (como Twitter/X) e vê que algumas pessoas estão reclamando de atrasos em entregas ou produtos falsificados.
    • Consulta registros públicos (como o site da Receita Federal ou similares, dependendo do país) e descobre que a empresa mudou de nome recentemente.
  3. Análise: Você junta tudo isso e percebe que os fundadores têm histórico em empresas problemáticas, que as reclamações nas redes sociais estão aumentando e que a mudança de nome pode ser uma tentativa de "limpar" a reputação.
  4. Validação: Para ter certeza, você cruza as informações com mais fontes, como fóruns online ou comentários em sites de avaliação, e confirma que o padrão se repete.
  5. Conclusão: Você decide que a TechNova provavelmente não é confiável e pode estar tentando esconder algo.

Esse é um exemplo simples, mas o OSINT pode ser usado para coisas muito mais complexas, como rastrear atividades criminosas, mapear redes de desinformação.